sábado, 2 de março de 2013

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Jornal Touch Screen


terça-feira, 13 de outubro de 2009

FUNERAIS ÀS MARGENS DO SANTUÁRIO DA MORTE

Apesar de na televisão a novela mostrar um lado próspero, cheio de roupas coloridas, comida farta, higiene, riquezas e amores, a Índia sofre muito com a pobreza, e, com mais de 1 bilhão de habitantes, 90% da população são miseráveis.

O país sofre com o alto índice de criminalidade, que inclui o tráfico de drogas, homicídio, sequestro, tráfico de seres humanos, etc. Apesar de ter o 12º maior PIB do mundo, a Índia está na 135ª posição em renda per capita, entre 182 países e territórios. A distribuição de renda é outro problema: 25% de sua população (aproximadamente 275 milhões de pessoas) vivem abaixo da linha da pobreza.

Outra coisa incomum no país é a higiene. Animais como as vacas, que são tratadas como deuses, entram e sai pelas casas, defecando onde bem entender. As ruas são tomadas por lixo espalhado e é comum o comércio de alimentos sem as mínimas condições de higiene. Porém, talvez o mais chocante entre todos os problemas vividos pelos indianos seja o Rio Ganges.
O Rio Ganges, um dos maiores rios da Ásia, nasce no Himalaia, seguindo a direção sul pelas planícies da Índia. Possui uma extensão de 2413 quilômetros, e é um grande aliado em períodos chuvosos, fertilizando suas margens e favorecendo a agricultura.

Sua importância ultrapassa os fenômenos físicos, pois é considerado um deus entre a população indiana praticante do hinduísmo. Para eles, o rio simboliza o início e o fim da vida, e banhar-se nele é uma forma de purificar-se de todos os pecados.

O problema é que só na cidade de Varanasi, conhecida como "santuário da morte", trinta e duas ligações de esgotos deságuam no rio. Além disso, é comum a presença de diversos cadáveres parcialmente cremados ou mesmo intactos no meio do rio.

A origem desses cadáveres parte do ritual funerário hindu. Os crematórios "ghats" são os locais às margens do rio em que paga-se uma quantia para cremar corpos e depois jogar as cinzas na água. Quem acende a fogueira para o crematório é o homem mais velho da família, e ainda existe a prática de cremação da mulher viva quando o marido morre, mesmo que isso seja proibido nos dias de hoje.

A respeito das cremações, há exceções como crianças, sacerdotes e mulheres grávidas, que são jogados por inteiro. Como não há ninguém para pagar pelo serviço, os indigentes são jogados ao rio da mesma forma. Outro agravante é o alto nível de pobreza das castas inferiores. Muitas pessoas não têm dinheiro para pagar pelo funeral, nem mesmo para comprar lenha. Com isso, os corpos costumam serem jogados às margens parcialmente queimados.

É comum deparar-se com o contraste de um corpo em estado de putrefação — servindo de alimento para corvos, cães e outros animais — com um banhista fazendo o ritual de purificação, pessoas escovando os dentes ou lavando roupas. E, por incrível que possa parecer, essa água também é usada para beber. O cheiro de carne queimada é presente por todos os lados, e a vida segue normalmente em um cenário aterrorizante, onde o "deus" composto de água e outras imundices é deixado ao descuido, já que a mente humana, capaz de criar crenças extraordinárias, acredita que seu poder divino o faz purificar a si mesmo de toda a poluição, doenças e tóxicos que são propagados pelas mãos do próprio homem.

Quanto custa morrer?

O mercado funerário movimenta aproximadamente R$ 1,5 bilhão no país. Os planos funerários são uma boa opção para quem não quer ser pego de surpresa em um momento tão delicado

* Trabalho acadêmico com tema definido pela docente

Os ritos que envolvem o pós-morte de um ser humano têm vários significados em várias partes do mundo. Cada um desses ritos tem o objetivo de tornar puro o espírito da pessoa falecida, para que ela possa encontrar um destino feliz após a morte. Por isso, esses rituais, na maioria das vezes, ficam por conta da religião na qual o indivíduo participou ou d
a preferência de sua família.
Levando em consideração os ritos católicos, praticados por quase toda a população brasileira, os custos do evento são variados para cada classe social. Ao contrário do que alguns pensam, até após a morte é grande a diferença social neste país.
No ano de 2008, só em Ubá, houve 533 óbitos, sendo 271 homens e 262 mulheres. As maiores causas de morte foram acometidas por problemas do aparelho respiratório (171) e circulatório (116), segundo dados do IBGE. Com a crescente necessidade deste tipo de serviço, a indústria funerária oferece cada vez mais novas opções como os planos funerários, para que não haja maiores preocupações em um momento tão delicado.
A cidade de Ubá possui dois cemitérios, sendo um municipal e outro particular. No Cemitério Municipal, o preço do terreno é único, no valor de R$ 559,32; o comprador não tem direito à escolha da localização devido ao espaço que já se encontra escasso. Para enterros, os preços variam: de crianças, o valor é menor: R$ 9,05; já para adultos,o valor é de R$18,06.
Para a abertura de túmulos, caso haja necessidade de autopsia, é cobrado R$ 28,18. A exumação de corpos, após quatro anos, custa R$ 82,34, e a reforma no espaço adquirido é acrescida de uma taxa no valor de R$ 14,64. Esse último serviço não pode ser feito nos dias que precedem e antecedem o feriado de finados.
Quem quiser optar por um espaço nos distritos da cidade, como Diamante, Ubari e Miragaia, paga-se um preço menor, de R$ 312,43 por um terreno.
O cemitério particular Memorial das Rosas,uma construção recente localizada no bairro Santa Luzia, oferece serviços como aquisição de jazigos e gavetas, ossuários, capelas-velório e plano social familiar, além de área social, lanchonete, flora e vigilância 24 horas. Os serviços oferecidos refletem nos valores: um terreno no cemitério particular chega a ser 758% mais caro do que no municipal. Para a aquisição de um jazigo perpétuo, com duas sepulturas e dimensões externas de 2,30m por 1,00m, os preços variam entre R$ 4320,00 e R$ 4800,00, dependendo da localidade. O proprietário ainda paga uma taxa anual de manutenção e administração no valor de R$ 150,00. A gaveta, com o espaço unitário, sai por R$ 2400,00.
O pacote de serviços do Memorial das Rosas, válido para as duas opções (jazigo e gaveta), incluindo a utilização diurna e noturna da capela-velório (R$ 100,00), o serviço de sepultamento (R$ 80,00) e a placa de identificação (R$ 80,00) sai no total de R$ 260,00.
O cemitério ainda oferece um plano social familiar com todos os serviços citados por uma taxa de adesão de R$ 120,00 e a mensalidade no valor de R$ 43,00. Os serviços podem ser utilizados somente em 180 dias após a data da primeira contribuição mensal.
Para quem optar por um plano independente do cemitério, os planos funerários oferecem serviços por um preço mais acessível. Por 20 a 30 reais em média, um plano fornece urna, flor, coroa de flores, véu, vela e preparação do corpo. Fora do plano, uma coroa de flores varia entre R$ 180,00 a R$ 200,00. Ainda, um funeral particular com caixão simples sai em média R$ 850,00; o de luxo, R$ 3000,00. A taxa de sepultamento é R$ 31,00 e se for necessário o deslocamento do corpo já no caixão, paga-se R$ 1,30 por quilômetro rodado.
E não é só isso. Após o enterro, uma placa de túmulo com informações do ente falecido não sai por menos de R$ 240,00, e uma placa com o rosto da pessoa, R$ 220,00. Revestir o túmulo com mármore pode custar de R$ 3500,00 a R$ 4000,00.
O serviço de crematório é uma outra alternativa, mas o local mais próximo na região é em Juiz de Fora.
A cidade de Ubá, segundo Valério Lopes, diretor do Cemitério Municipal, não abrirá concessão para novos espaços destinados a construção de cemitérios, já que os dois existentes atendem ao número de habitantes da cidade.
O problema é que o Cemitério Municipal já está superlotado, e a única opção que resta é o particular, com serviços mais caros. Hoje, um jazigo particular na parte baixa do cemitério de Ubá não sai por menos de R$ 5000,00. “É consequência da falta de espaços. Um proprietário de um local mais privilegiado pode cobrar até 10 mil reais”, disse Valério. A prefeitura ainda cedeu um espaço de 1500 metros para o estado no intuito de construir um Instituto Médico Legal (IML), limitando ainda mais sua extensão.

O município também estuda um acordo com os donos de terrenos vizinhos para suportar a demanda de sepulturas, inclusive utilizando muros com gavetas para que haja uma melhor utilização de inumações por metro quadrado.
Com a escassez de opções que se encontra no cemitério municipal da cidade, talvez não seja uma má idéia começar a pesquisar preços ou mesmo aderir a planos funerários para não ser pego de surpresa em uma hora tão difícil como a morte de um ente querido.
* Preços referentes ao mês de setembro/2009. Trabalho proposto pela disciplina Redação em Jornalismo III. Apuração feita por mim e por Renato. Introdução da reportagem por Marcelo. Corpo do texto, artigo e conclusão de minha autoria.
* Durante a minha subida com o Renato no cemitério, alguns personagens deram o ar de sua graça: estas duas tarântulas, bem tranquilas por sinal, e uma galinha, apelidada de "macumba viva".

* Foto usada na versão impressa. No fundo, a igreja do Rosário. A legenda citava a falta de espaço encontrada no Cemitério Municipal.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Photoshop prolongando um acidente

Esta é velha, mas ainda corre nos blogs, fórums e comunidades do orkut. Quem vê, fica surpreso com tantos acidentes no mesmo local. Não prestam atenção no que estão vendo e já acreditam nas imagens, sem nenhuma contestação.
Repare na sequência:



Até a foto 6, tudo é real. O caminhão vermelho realmente caiu na água. Já na foto 7, o caminhão verde é editado, sendo deslocado/arrastado para o fundo do rio. Na foto 8, simplesmente pintam o mesmo caminhão de azul e reproduzem outro na água, dando a entender que a sequência está incompleta e são três caminhões envolvidos. Segue o trabalho mal feito em Photoshop:

Repare neste indivíduo de calça jeans e camisa branca, e nos outros ao redor. Esta é a foto 5.

Aqui é a foto 6. Repare também na lixeira.

Aqui já é a foto 7. O homem de camisa branca e os outros dois ao lado continuam exatamente na mesma posição, braços, pernas, e não precisa ser nenhum gênio para ver que o de branco está na mesma profundidade do caminhão, tornando impossível a presença dele naquele lugar. Outro detalhe bizarro é a lixeira, que simplesmente muda de amarela para vermelha, e se desloca do canto para o meio do pátio, ficando suspensa e deixando para trás parte do cano.

Parece absurdo? Os erros são primários, mas muitas pessoas caem no truque como patos, isso é bem visível nos fóruns e comentários de postagens. Engraçados são os boatos: no Youtube, um fala que o acidente foi no Canadá; em blogs brasileiros, dizem que foi em Portugal, dado o estereótipo que usam em piadas sobre os lusitanos — sendo que eu acho que burro mesmo é quem foi passivo ao deixar levar toda sua riqueza; e esperto foi quem a levou do nosso país, no período colonial.
Pelo que pude pesquisar, o fato aconteceu na Irlanda.
E como somos enganados por imagens, e-mails, vídeos e textos que rondam essa terra de todos e ao mesmo tempo de ninguém, que é a internet... Esse caso dos caminhões editados não é grave; contudo, é a partir de detalhes tão claros que deixamos de lado, despercebidos, a nossa capacidade de questionar programas, jornais, revistas e outras formas de informação especulativas, mentirosas ou sustentadas por fontes duvidosas.

Fiquem com a sequência verdadeira do acidente. Para pesquisar, use as palavras-chave "tow", "truck", "fell", "water", e "Ireland" em algum site de busca.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

The Shore - The Shore (2004)

Por indicação do Blog British Point, fiquei conhecendo esta banda que em pouco tempo já é uma das mais tocadas no meu LastFM. Para quem curte Oasis, é mais do que obrigatório conhecê-la.

"The Shore é uma banda americana de rock formada em Silver Lake, CA, pelo vocalista e guitarrista Ben Ashley. Com um som mais psicodélico, sofreu influências de bandas como The Byrds, Beatles, Coldplay e Beach Boys, além das bandas do movimento britpop (principalmente) The Verve e Oasis."
(texto do LastFM)

Este é o primeiro CD, "The Shore", lançado em 2004. O segundo, Light Years, pode ser encontrado no British Point, para baixar via Megaupload.

http://www.easy-share.com/1906825549/TheShore-The Shore(2004).rar