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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Jornal Touch Screen


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Jornalismo no interior

Segue um texto feito no ano passado por mim, André e Rosane, companheiros de sala. Achei muito interessante o tema, valeu a pena correr atrás de docentes, profissionaise alunos em busca de opiniões e relatos sobre a experiência em trabalhar como jornalista no interior. Agradeço particularmente a professora Luciana, que nos guiou para um trabalho final satisfatório. Espero que gostem.


30/10/08

Profissionais de Jornalismo encontram dificuldades em buscar seu espaço no interior


Os problemas da categoria incluem o descumprimento da legislação, o exercício ilegal da profissão, as más condições de trabalho e as perdas salariais



O profissional diplomado em jornalismo pode encontrar resistências por parte de proprietários de veículos de comunicação no interior dos estados.

Situações como empresas de comunicação financiadas por pessoas que interferem diretamente no que vai ser publicado para interesses próprios, vícios regionais, estágios irregulares e jornalistas provisionados são comuns em cidades que não tem uma fiscalização presente.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Elian Guimarães de Oliveira, afirma que os maiores problemas da categoria são o descumprimento da legislação e dos acordos coletivos, o exercício ilegal da profissão, as más condições de trabalho e as perdas salariais. Segundo ele, os problemas mais graves de jornalistas trabalhando sem diploma estão no interior.

Oliveira destaca desafios como o da regulamentação profissional e o inchaço do uso ilegal de estagiários nas redações. "Com o tempo, houve várias inovações tecnológicas exigindo novos profissionais no mercado. Nossa regulamentação é de 1969 e precisa incluir essas inovações. Outro ponto importante é a precarização das condições de trabalho. Devido a ausência de número suficiente de fiscais nas Delegacias Regionais do Trabalho - DRTs, aguardamos, em Minas, até mais de um ano para que se proceda uma fiscalização e, a partir dela, podemos acionar a Justiça do Trabalho, o que torna a punição extremamente lenta e ineficaz.Os sindicatos não têm poder de polícia fiscalizadora e não podem punir as infrações", declara.

Sobre o estágio, este é proibido por lei, pois havia exploração por parte do aluno. Já houve casos em que profissionais foram demitidos e substituídos por estagiários, pois a mão de obra é mais barata e eles trabalham até 8hs por dia, sendo que a lei só permite 5hs na carteira.

Entra no lugar do estágio a "prática profissional compartilhada", que é similar, mas com o acompanhamento da faculdade, só podendo estagiar 4hs por dia.

Outro empecilho encontrado pelos profissionais de comunicação no interior são as pressões externas, caracterizadas pela proximidade com as fontes, a perseguição por parte de empresários, políticos, o poder público, entre outros. Jorge Peres, diretor do Jornal A Voz, de Ubá, já passou por essa situação.

“Quando fazemos uma matéria mais forte, ficam nos olhando com cara feia e não anunciam com a gente (...) Recentemente, fiz uma matéria com o título “Lixão Químico aterroriza Córrego do Santana”, defendendo os moradores que não queriam a instalação da usina nas proximidades de suas casas. Vencemos a batalha, mas alguns meses depois veio a FEMUR (Feira de Móveis de Minas Gerais) e por coincidência o Movimento Empresarial não anunciou no jornal A Voz”, declara.

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, o piso salarial definido para o interior de Minas Gerais com carga horária de 5 horas é de R$ 830,00 para jornais diários e R$ 745,00 para os demais, uma diferença de até R$ 677,09 frente ao piso de R$ 1.422,09 da capital, Belo Horizonte. Diversidade que pode se distanciar ainda mais pela falta de concorrência.

Mesmo formando em instituições de ensino superior fora das capitais, os obstáculos citados podem ser um estímulo para que os graduados em comunicação busquem uma posição no mercado restrito e competitivo dos grandes centros, mesmo que a disputa por uma vaga nesses locais exija qualificações que uma cidade do interior tem dificuldades em oferecer, como experiência ao recém-formado.

No entanto, frente às grandes cidades que já estão saturadas, a oferta do interior passa a ser uma boa opção quando se tem uma qualidade empreendedora, que busca a inovação no mercado. A internet e o processo de globalização, que traz acesso à tecnologia dos grandes centros, contribuem para o avanço das empresas de comunicação, como é o caso da cidade de Ubá, em Minas Gerais, em que a Líder FM trará investimentos em cobertura regional até o final do ano; e a Rádio Educadora, que modernizou seu estúdio e passou a operar com 5 mil watts de potência, abrangendo cerca de 100 cidades da Zona da Mata mineira.

Outra vantagem indiscutível na imprensa interiorana é a proximidade com o leitor. Algo que os jornais maiores não têm, já que neles o interior costuma ser notícia quando estão envolvidos escândalos, corrupção, poder público e violência.

De acordo com profissionais que vivem a realidade desse mercado restrito, o papel do jornalismo do interior é trazer o desenvolvimento cultural e social; preservar sua cultura local, representá-la e transmiti-la de forma democrática, em que esteja presente o direito de informação ao leitor que busca o interesse no que está acontecendo à sua volta.

Daí a importância de buscar profissionais qualificados que conheçam o território em que atuam, formados por instituições da própria região; e formar os profissionais já existentes, que tem experiência e uma identidade já consolidada com a população.

O desenvolvimento do jornalismo na cidade tem como grande influência a existência de uma instituição de ensino que traga a possibilidade de qualificação do profissional; como a Fagoc (Faculdade Ubaense Ozanam Coelho), que oferece o curso de comunicação social com habilitação em Jornalismo desde 2000, com laboratórios de rádio, TV e fotografia.

“Vejo que os alunos abrem portas que antes não existiam. O trabalho da Fagoc nesse sentido tem sido encontrar novas oportunidades”, afirma Ricardo Nogueira Reis, professor integrante do corpo docente do curso de Comunicação Social da faculdade.

Quanto a preocupação na formação do profissional, Jorge Peres acredita na influência da Fagoc. “A Fagoc nos trouxe esta oportunidade. Temos exemplos de profissionais do rádio que já concluíram o curso e outros que já estão concluindo”.

Elisangela Baptista Reis, coordenadora do curso de Comunicação Social da Fagoc, enfatiza o valor do investimento na formação do profissional de jornalismo. “É na faculdade que se forma a base, com matérias fundamentais que lhe dão a noção do certo e o errado, e até onde pode-se levar um caso à frente. Sem falar da ética, do respeito e do compromisso com a verdade, pois o jornalismo é muito mais do que apenas escrever ou fazer reportagens”.

Ludmila Oliveira, estudante do 8° período do curso, valoriza a formação. “Vale a pena sim, investir no curso, pois você sai preparado e com uma boa base, mesmo sabendo que o mercado é competitivo. Você também sai instruído para enfrentá-lo. Pretendo fazer carreira em Ubá, procurando sempre novos rumos, pois lá fora o mercado é bem complicado”.

Dervásio José Gonçalves Rufino, do 2° período de Jornalismo, acredita que os alunos devem desenvolver uma visão do que é tendencioso ou não. “É necessário que saibamos distinguir no mercado do interior a ”fraude” impressa, em busca de interesses financeiros e pessoais, com o status de empresa capitalista voltada ao lucro, que é dado a qualquer meio de comunicação, em qualquer lugar. Pois é dele que a comunicação subsiste”.

As características que estão inseridas nos jornais do interior é de serem menores, direcionados a um público menor. E nem por isso serão menos exigidos por um leitor cada vez mais globalizado, que tem acesso a diversos meios de comunicação como a internet e jornais de diversos locais do país, ao seu alcance.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Jornal Placar: Piada Fenomenal.



Em jornalismo ou mesmo na vida não existe "nunca". Nunca vai acontecer isso, nunca vai acontecer aquilo. E o jornal Placar brincou com a teoria.

O tema futebol pode abrir brechas para um texto mais descontraído, talvez. Mas tudo tem limites, e a matéria do site Jornal Placar do dia 27/11, além de ter considerado
impossível a contratação de Ronaldo pelo Corinth
ians, conta com a pérola "Ronaldo não vem, corintianos. Mas nem por isso a gente vai deixar de se divertir e fazer piada com isso...". O jornalista puxou para o lado pessoal, completamente.

Um despreparo, parcialidade descarada e falta de qualidade no texto que até me assusta. A Placar piorou muito com o tempo, largando o futebol de lado e preocupando-se mais com o gosto musical ou a vida íntima do jogador. Mas apelar desse jeito já é demais. "Colocaram" na boca do profissional Ronaldo que ele não está empolgado em jogar no clube, e ainda usaram o termo "nem um pouco" para enaltecer sua posição.

Bom, pelo menos agora eles vão poder tirar uma foto autêntica lá no CT do clube e reaproveitar o trecho "A fotomontagem é tão verdadeira quanto as manchetes que levam a sério a possibilidade de o Fenômeno aparecer com a camisa 9 do Timão ano que vem".

Edit:


A Placar, que não é besta, apagou o link para a notícia, então resolvi anexar as imagens passadas de PDF para JPG. Clique nelas para aumentá-las.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Riscos da profissão

REUTERS - 27.06.2008 22:47
México é o país mais perigoso para jornalistas, diz organização

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) -
O México se tornou no últimos anos o país mais perigoso na região para o jornalismo e o governo deveria endurecer as investigações e as punições contra a liberdade de expressão, disse na sexta-feira a Sociedade Inter-americana de Imprensa (SIP).
O país tem sido sacudido nos últimos anos por uma onda de violência criminal, alimentada principalmente pelas guerras entre cartéis do narcotráfico pelo controle das rotas para levar drogas para os Estados Unidos. Mais de 1.600 pessoas morreram neste ano por conta disso.
Segundo registros da SIP, ao menos sete jornalistas morreram até agora neste ano no país e 3 estão desaparecidos, disse em entrevista coletiva o presidente da comissão de liberdade de imprensa e informação da organização, Gonzalo Marroquín.
O número de vítimas "é um aumento em comparação com os anos anteriores", disse o diretor da organização, que agrupa centenas de meios de comunicação privados na América Latina e Caribe e também a jornais e revistas nos EUA, Canadá e Europa.
"Até o fim do século passado a Colômbia era o país onde era mais perigoso exercer o jornalismo, eu diria que nesses últimos anos o México se converteu no país mais perigoso para os jornalistas", acrescentou.
A situação faz com que alguns veículos comecem a autocensura, disse a SIP em uma "Declaração do México" entregue aos veículos, e estaria mais grave por conta do "alto nível de impunidade" nos delitos contra jornalistas e veículos de imprensa no país.
A SIP pediu ao governo do presidente Felipe Calderón, que usa milhares de soldados e policiais em um esforço para conter a violência, para endurecer as penas para os crimes contra a liberdade de expressão e imprensa, ao mesmo tempo em que pediu ao Congresso que federalize esses delitos.
(Reportagem de Tomás Sarmiento)