domingo, 1 de março de 2009

As pérolas do Dicionário Informal

Até pouco tempo atrás, quando alguém pesquisava algum verbo ou substantivo comum no Google, aparecia entre as primeiros resultados o link do site Dicionário Informal, pedindo para definir a palavra procurada. E muita gente resolveu ajudar.

Ele está muito longe da coerência, mas ao menos é o mais sincero. O Dicionário Informal deixa o internauta livre para definir a palavra que quiser. Fique alguns minutos consultando as palavras e você vai rolar de rir na frente do computador, se tiver bom humor.

O internauta não se importa apenas com a definição, ele também ensina o visitante a usar a boa ortografia, inserindo a palavra errada e explicando que aquela não é forma correta de se escrever (clique nas imagens para ampliar):

O presidente Lula é o que recebe as definições mais engraçadas e contraditórias. Um internauta fica no meio do muro, falando que ele é "um dos piores e um dos melhores presidentes que o Brasil já teve"; ou que é "um dos mais corruptos governos da História, ou o governo que mais investigou e prendeu corruptos na História do país". Opinião é o que não falta:


"Fumo" e "Zidane" viraram verbos. "Fumo" não chega a ser novidade, faz parte das piadas sobre caipiras há algum tempo :A garota de programa virou moça honrada e quem zera na balada volta para a mesa com um apelido pra lá de cômico:


Engraçados também são os antônimos: de Lula, Paulo Maluf; de maconheiro, "bebe leite"; de Emo, Capitão Nascimento; e o contrário de gostosa, mulher trabalhadora. A mente dessa galera anda fértil. Algumas carregadas de criatividade; outras, de esterco.

Quer dar umas boas risadas? http://www.dicionarioinformal.com.br

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Um cardápio do outro mundo

Gosto de novidades quando se trata de comida. Pode parecer o que for que eu estou lá comprando pra ver qual é a do novo sabor. O difícil é repetir. Depois de provar, o mais comum é achar uma porcaria ou o gosto passar despercebido.

Posso listar algumas edições limitadas de produtos que nunca mais vi vendendo por aí: a Cherry Coke, que era puro açúcar; Toddy Floresta Negra, que amargava a garganta e era enjoativo demais; Fanta maçã, que parecia água de pano de chão; Fanta Citrus, ou Redoxon 2LT; suco de água de coco em pó, inexplicável; Skol limão, a pior cerveja que eu já tomei; Miojo Seven Boys sabor missô (horrível) e curry (bom demais, até perfumava a casa); Bis laranja, que me faz lembrar porque mal existe sorvete, biscoito ou iogurte de laranja; Biscoito recheado de presunto, que parava na primeira, de tão salgada e enjoativa...

A minha última "aquisição" foi um chá verde chamado Feel Good, com laranja e gengibre que comprei em Resende. Não fico contente com o convencional, peço uma coisa dessas e é só careta pra engolir o castigo em forma líquida. Tem mais é que se ferrar!

Aproveitando um gancho no assunto, essas novidades estão longe da capacidade humana de inventar o que parece impossível comer. Lendo a Mundo Estranho desse mês e pesquisando outras fontes, encontrei algumas comidas pra lá de exóticas. Não é grilo frito, bagos de boi, olho de cabra, isso é passado, fácil de fazer, falta originalidade. Essas iguarias listadas abaixo precisaram de muito mais do que "algo que se mexe" + "uma panela no fogo", tem todo um ritual:

Balut

Vem das Filipinas, é um ovo de pato incubado por 16~17 dias, e o que se vê dentro do ovo é isso aí na foto: olhos, veias, penas... cozinhe, coloque uma pitada de sal, vinagre e molho de soja a gosto e boa sorte. Para quem nunca está contente com nada, tem a outra fase do Balut: se der errado, e o ovo fertilizado morrer durante o processo, ele apodrece, e nada de jogar fora. Pegue o ovo mal fertilizado, podre, coloque bastante vinagre para esconder o fedor e está pronta uma boa omelete, a "Abnoy". Os Baluts costumam ser desgustados com cerveja, olha que maravilha!



Ovo centenário, Ovo de mil anos ou
Ovo preservado


Esse é mais famoso, uma versão bem mais light de se fazer um ovo: argila, cinzas, sal, cal e casca de arroz para ajudar o ovo a ficar alcalino. Enterre tudo por várias semanas ou meses e o resultado é o da foto, com direito a cheiro de amônia e enxofre.




Casu Marzu

É um queijo da ilha de Sardenha, Itália, feito de leite de ovelha, e que após algumas semanas fica sólido. À partir daí vem a forma peculiar de sua fabricação: é feita uma incisão na parte superior, coloca-se um pouco de leite e a mosca do queijo chega para fazer o "serviço sujo". Ela deposita seus ovos e as larvas começam a se alimentar do queijo, o deixando cremoso. E nada de esperar as larvas terminarem o serviço: assim que elas chegam no fundo do queijo, você pode começar a degustá-lo.


Natto

É feito da soja, preferencialmente dos grãos menores. Ela é lavada e embebida em água de 12 a 20 horas, aumentando o tamanho dos grãos. Em seguida, a soja é cozida no vapor por 6 horas, depois os grãos são misturados com a bactéria Bacillus subtilis natto e fermentado a 40 ° C por até 24 horas. Depois de tanta papagaiada, ele é colocado na geladeira por até uma semana para criar fibras, que segundo uma usuária do youtube, parece catarro. O resultado é uma pasta pegajosa que lembra teia de aranha, "fedendo" amônia.

Ortolan

Se você viu o passarinho na xícara e ficou com água na boca, pode ir mudando de idéia: a venda do Ortolan é proibida por lei. O preparo consiste em deixar o pássaro em um local escuro pelo tempo necessário, até engordar 3 vezes o seu tamanho. A escuridão confunde o relógio biológico do animal, que acaba comendo sem parar. Depois é mergulhado vivo em um aguardente e assado. Nada de deixar sobrar no prato, come-se tudo, da cabeça aos pés.

E pra beber?

Tem o Bird's Nest White Fungus, uma bebida vietnamita que mistura ninho de passarinho com fungos brancos. Detalhe: o ninho é feito da saliva do animal. Mais original talvez seja o café Kopi Luwak, feito de grãos defecados pelo Civeta, o animalzinho da foto. Ele escolhe os frutos mais doces e maduros, ingere, suas bactérias e enzimas fazem o trabalho interno e o simpático cagão solta o melhor e mais caro café do mundo! Por 120 dólares você leva 450gr do café. Se não quiser pagar nada, e ainda assim tomar algo exótico, pode optar pela Chicha, bebida alcóolica presente em diversos países da América Latina, inclusive no Brasil. Na amazônia é usada a mandioca, fermentada com a ajuda da boca das nativas. Elas mastigam a raiz da mandioca, faz um bolo e cospe aquilo na bacia, para depois fermentar. Não paga nada, é comum os nativos oferecer aos visitantes. Ainda pode ser feito com grãos (milho, arroz) ou com folhas, como é o caso da Colômbia, que não podia deixar de lado o uso da cannabis ou da folha de coca em seu preparo.

Que belo cardápio, hein? Na onda das comidas exóticas, eu pedi uma amostra de caviar de rã. Só não sei se vou ter coragem de comer. E se vai vir mesmo.

Neste link você pode fazer o seu pedido.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

As piores dores, a dor de um tiro, de um cálculo e a (des)crença em chás.



Há algum tempo a revista Super Interessante publicou uma matéria a respeito das piores dores do mundo. O método para medir a intensidade da dor resume-se a perguntar a quem está sentindo ela. Tudo muito simples: de 0 a 10, as pessoas dizem qual é a intensidade e pronto. Logo abaixo estão as dores que tiveram as maiores notas segundo os pacientes:




Ao reler essa matéria, lembrei como é comum me perguntarem a intensidade da dor de quem sofre um disparo de arma de fogo. Há onze anos atrás eu levei um tiro no peito acidentalmente, acertando o pulmão direito, o rim direito e o fígado. Posso garantir que a dor não chega aos pés de uma enxaqueca de madrugada ou uma quebrada de unha, que já ranquei inteira 3 vezes, 2 vezes no pé e uma na mão.


Isso pega as pessoas de surpresa, não imaginam que seja assim. Senti apenas uma queimação em toda a região toráxica e após um certo tempo, enquanto aguardava atendimento, vieram umas dores nas costas, como a dor da tosse quando se está com pneumonia. O pior fica com a recuperação e o estado psicológico, já superado.


Os 1,1 cm do projétil atravessando o corpo não chega nem perto da cólica renal, citada na matéria da Super. Devo ter desenvolvido as pedras por beber pouca água e pelo exagero no consumo de tomate, amendoim e queijo, não sei exatamente, preciso mandar a pedra para algum laboratório examinar. A dor que a pedra proporciona é de se achar que está morrendo e pedir para o sofrimento acabar logo.


E é aí que entra o chá: fiquei mais de um ano com a o meu segundo cálculo, de 0,5 cm, alojado no rim direito. Vieram as crises, os alarmes falsos ao urinar, mijo com cor de coca-cola e a Dona Maria, minha mãe, resolveu inventar um chá aí. Tinha de tudo: folha de abacate, chapéu de couro, tançagem, folha de romã, carrapichinho, picão, quebra-pedra, etc, etc... o resto ela não lembra mais. Uma autêntica gororoba líquida. Chás não me convenciam muito, com exceção do boldo pra ressaca, que quebra um galhão.

Foram 2 garrafas do chá e no outro dia, após quase um ano, a “mardita” saiu igual um tiro, toda pontiaguda, rasgando a uretra igual estilete no papel. Alívio depois de tanta a dor. Passei a acreditar mais em chás. E fica a expectativa de outras pedras virem futuramente.


Não consigo imaginar como o paquistanês Wazir Muhammand, de 50 anos, suportou uma pedra de 12,7 cm no rim direito. Isso mesmo: 12,7 cm, 620 g. Está aqui no site oficial do Guinness Book. Assustador.


Fontes:

http://www.naitazi.com/2008/06/26/world-record-of-removal-of-heaviest-kidney-stone-in-chandka-medical-college-and-teaching-hospital-larkana-sindh/

http://www.guinnessworldrecords.com/records/human_body/medical_marvels/heaviest_kidney_stone.aspx


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Caixas d'água e suas surpresas.

Algumas vezes de difícil acesso, elas ficam em cima das casas, solitárias, esquecidas pelo dono.

Como eu trabalho em endemias, minha relação com as caixas d'água é bem próxima, em torno de 20 encontros diários. Algumas condições de higiene são precárias, ou até mesmo nulas, e seria bom começarmos a nos preocupar com a água que estamos consumindo.

A incidência mais comum é da sujeira que vem dos encanamentos e da própria água captada de rios, trazendo partículas sólidas que ficam depositadas no fundo das caixas criando um lodo escuro. Deve ser reforçada a idéia do dono limpar a caixa d'água de 6 em 6 meses, através de orientações úteis como as da Sabesp.

O cuidado em manter uma caixa d'água bem lacrada para não criar mosquitos vetores da dengue estende-se a outras surpresas que vou citar a seguir.
  • Larvas de mosquito
É óbvio, já citei acima. Mas eu encontrei larvas em caixas d'água com frestas que não dava pra imaginar como um mosquito conseguiria passar por ali. Logicamente, as caixas d'água de amianto são as campeãs de incidência porque a tampa quebra facilmente, vem defeituosa ou empena com o tempo. As de fibras também não duram muito (se descascam). Eu aconselho as caixas plásticas desde que bem apoiadas, senão ficam ovais e aí já era a proteção — e a caixa d'água também. Seja qual for o tamanho da fenda ou do furo, procure tampá-los com durepox ou uma tela de nylon, mesmo achando que "não tem tanta necessidade".
  • Vermes, larvas, ou o quê?
"Minhoquinhas vermelhas" são muito comuns em caixas d'água que ficam em locais baixos ou em áreas rurais. Até hoje eu não sei exatamente o que é; alguns falam que são larvas expelidas por caramujos (cercárias), outros dizem que são vermes comuns, como os do lodo. Em caixas d'águas tampadas somente com telas é muito comum encontrás-las, quase na mesma proporção das larvas de pernilongo/Aedes aegypti.
  • Lodo
Não é brincadeira, uma vez ao vistoriarmos uma caixa d'água em um bairro carente, haviam pelo menos uns 5 centímetros de lodo verde-escuro denso e cremoso, parecido com uma gelatina de limão espumosa, na superfície da água. Foi uma das caixas d'água mais grotescas que eu já vi. Estava tampada apenas com uma tela, que não protege dessas imundices.
  • Samambaia
A dona da caixa d'água (totalmente aberta) cultivava, além de larvas de mosquito, várias samambaias submersas. E não sabia. Não chega a surpreender mais do que outra samambaia que nasceu em uma rachadura úmida e suas raízes tamparam completamente a tampa da caixa d'água de um depósito de materiais de construção. Nenhuma delas foram replantadas.
  • Perereca
O simpático animal deve ter entrado pelo ladrão da caixa d'água quase vazia e parecia estar lá contra sua vontade, não sabia da dificuldade que ia ter para sair da caixa depois. A bichana pulava desesperadamente na água e foi salva a tempo. Acabei fazendo a diferença na vida de uma perereca, hehehehe...
  • Lagartixa
Nem uma, nem duas. Várias. Entre as que saíram em disparada, destaque para duas que estavam imóveis trocando de pele e uma que estava morta boiando na água.
  • Barata
Inseto muito comum de se esbarrar por aí, mas só encontrei uma até hoje. Afogada, cheia de tufos, no fundo da água límpida.
  • Pombos
Quem não curte uma praia ou uma piscina refrescante no verão? Bom, se você não gosta, os pombos não descartam o programa, e a sua caixa d'água, se ficar aí aberta marcando bobeira, pode virar o piscinão de Ramos das cagonas. Aliás, cocô nas bordas é de lei quando elas estão presentes por lá, nadando no líquido precioso que você usa para beber, tomar banho, etc. Um de nossos colegas de trabalho já encontrou um pombo que gostou tanto da idéia que já estava boiando em uma caixa d'água há muito tempo. Só tinha sobrado o esqueleto do pobre animal.
  • Homo sapiens
http://img515.imageshack.us/img515/7465/imagem4cg4.jpg
Nunca encontrei, mas essa tem que tampar urgente.

Fique atento quanto a sua caixa d'água não só pela dengue como também pela higiene. Se for tampar com tela (já que achar uma tampa de caixa d'água pra vender é uma raridade), não deixe de protegê-la também da entrada de impurezas e insetos com algum objeto por cima dela, como chapa de madeira, mármore ou pelo menos telhas, que apenas quebram um galho. O melhor mesmo seria trocar de caixa d'água, é mais garantido.

E você? Foi ver a situação de sua caixa d'água hoje?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A foto do ano Unicef - 2008

"Por palavras sozinhas não ser o bastante para contar uma história, precisamos de fotos para preencher essa brecha. Enquanto palavras nos entregam informação, fotos nos mostram emoções e sentimentos — ambos combinados, irão criar uma história que é maior do que a soma de suas partes. Alice Smeets, uma jovem fotógrafa da Bélgica, decidiu dedicar-se a mostrar histórias de vida escritas com uma câmera fotográfica. Seu forte compromisso social e o modo intuitivo de lidar com as pessoas a fazem superar barreiras sociais e pessoais, para realmente chegar próxima do tema que importa." Milos Djuric

A jovem belga Alice Smeets foi a vencedora da competição internacional fotográfica realizada pela Unicef, a "UNICEF - Photo of the year", de 2008. A foto, tirada na capital Porto Principe, no Haiti, e escolhida entre outras 1450 fotos, mostra o contraste de uma menina que está com um vestido branco e limpo, suspenso por ela para não sujá-lo, enquanto pisa descalça em uma água imunda em meio a dejetos que servem de alimento para os porcos e para as pessoas que vivem ali.

"...sem trabalho, sem fontes seguras de energia, sem água potável, sem ar puro para respirar, sem dinheiro para a próxima refeição. Nas choupanas o mais pobre dos pobres recursos é comer lixo simplesmente para encher estômagos. Em um cenário assim, uma pequena menina em um vestido branco parece ser um anjo amedrontado que se encontra no submundo, e ainda assim, determinada a lutar por um pouco de beleza."


O terremoto que atingiu a China em 12/05/08 deixou ao menos 70000 vítimas na província chinesa de Sichuan, e 6 milhões de pessoas tiveram que sobreviver em acomodações de emergência. Na foto do israelense Oded Balilty (Associed Press), que ficou em segundo lugar, uma menina aguarda na fila a sua vez para pegar uma porção de comida.






Entre o combate de tropas americanas e paquistanesas contra o Taleban e a Al Qaeda na província de Kunar, no Afeganistão, crianças são vítimas comuns no local mais perigoso desse país. A foto do húngaro Balazs Gardi, que ficou em terceito, mostra o pai afegão e seu filho ferido.





Fontes:

Ano que vem tem fotojornalismo, e algumas idéias já vem em mente, direcionadas para o jornalismo comunitário, em que eu quero me especializar.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Jornal Placar: Piada Fenomenal.



Em jornalismo ou mesmo na vida não existe "nunca". Nunca vai acontecer isso, nunca vai acontecer aquilo. E o jornal Placar brincou com a teoria.

O tema futebol pode abrir brechas para um texto mais descontraído, talvez. Mas tudo tem limites, e a matéria do site Jornal Placar do dia 27/11, além de ter considerado
impossível a contratação de Ronaldo pelo Corinth
ians, conta com a pérola "Ronaldo não vem, corintianos. Mas nem por isso a gente vai deixar de se divertir e fazer piada com isso...". O jornalista puxou para o lado pessoal, completamente.

Um despreparo, parcialidade descarada e falta de qualidade no texto que até me assusta. A Placar piorou muito com o tempo, largando o futebol de lado e preocupando-se mais com o gosto musical ou a vida íntima do jogador. Mas apelar desse jeito já é demais. "Colocaram" na boca do profissional Ronaldo que ele não está empolgado em jogar no clube, e ainda usaram o termo "nem um pouco" para enaltecer sua posição.

Bom, pelo menos agora eles vão poder tirar uma foto autêntica lá no CT do clube e reaproveitar o trecho "A fotomontagem é tão verdadeira quanto as manchetes que levam a sério a possibilidade de o Fenômeno aparecer com a camisa 9 do Timão ano que vem".

Edit:


A Placar, que não é besta, apagou o link para a notícia, então resolvi anexar as imagens passadas de PDF para JPG. Clique nelas para aumentá-las.